O
nosso clamor é um vento forte que atravessa a terra.» (Mortenson & Relin,
2008)
Três chávenas de chá é um caminho que vale a
pena conhecer. É a história de um livro, de um homem, de uma ONG e de uma
comunidade nas montanhas altas do Paquistão, justamente no K2. É um livro sobre
as possibilidades criadoras que a educação e a leitura permitem construir,
mesmo nas geografias mais difíceis, onde a violência, o fanatismo religioso e a
pobreza alimentam uma terra ferida de dignidade e esperança para as mais jovens
gerações. O Paquistão e o Afeganistão são muitas vezes sinónimos de indiferença
a uma ideia de dignidade, de alfabetização, de oportunidade para diversas
comunidades.
Um
alpinista americano, ao escalar o K2, a segunda maior montanha do planeta
conheceu numa comunidade local, a hospitalidade de uma cultura ancestral. No
território do fundamentalismo islâmico, entre os caminhos da Al-Kaeda e dos
Talibãs, num mundo esquecido, um homem tenta a conciliação de culturas. Nas
altas montanhas da Ásia, entre o Paquistão e o Afeganistão um homem viu como a
educação podia fazer sobreviver as aspirações de uma comunidade. Com a ideia de
criar escolas, especialmente para meninas e com o apoio a projetos
comunitários, um homem cria uma resposta generosa onde muitos, demasiados só
parecem encontrar a guerra.
É
um livro que não é uma ficção, mas uma reportagem ilustrada por quem viveu uma
aventura de generosidade e de transformação de como um sonho, pode converter-se
numa ONG, The Central Asia Institute, que alimenta a possibilidade de
alfabetização de uma cultura, nos seus elementos mais jovens.
É
um livro que revela uma lição imensa feita de vontade e inteligência. Mas
também, uma lição de recompensa pelos frutos conseguidos com aquelas crianças e
a convicção que só de olhos abertos se pode compreender o mundo. É ainda um
livro que nos envolve com o mais importante, a vontade e a determinação de cada
homem. Um livro que nos assegura que as mudanças têm de passar pelo individual,
pois cada de um nós, nas palavras antigas de Krishnamurti, representa "o
resto da humanidade".
Se
este tema te interessa podes consultar o sítio web relacionado com este
projeto, três chávenas de chá e o projeto educacional e cultural dele
resultante, Central Asia Institute.
Três Chávenas de Chá / Greg Mortenson & Oliver Rolin. (2008). Porto: Campo das Letras
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